sábado, 19 de outubro de 2013

Sugestão de Jogo


A importância da consciência fonológica para a apropriação do sistema de escrita alfabética pela criança

            A consciência fonológica é a capacidade de reconhecer a sequência de sons que integram a palavra falada e de compreender que esses sons, numa determinada ordem, podem formar palavras que têm um significado. As habilidades de consciência fonológica não aparecem com a maturação biológica, elas dependem de oportunidades para refletir sobre as palavras em sua dimensão sonora. As crianças devem ser desafiadas tendo oportunidades lúdicas e prazerosas de pensar sobre as palavras, onde elas irão refletir sobre seus segmentos sonoros. Algumas propostas simples ajudam a desenvolver a consciência fonológica:

  • Rimas;
  • Separar palavras em sílabas;
  • Identificar palavras com o mesmo som inicial;
  • Identificar palavras ou sílabas com o mesmo som final;
  • Contar os sons que fazem parte das palavras;
  • Manipular sons nas palavras (por exemplo: dizer fato, mas sem o f inicial).
Abaixo segue uma sugestão de jogo que oportuniza tal desenvolvimento.

 

Jogos na Alfabetização   -    Caça Rimas
 
 
 
 
Objetivos didáticos deste jogo:

- compreender que as palavras são compostas por unidades sonoras;
- perceber que palavras diferentes podem possuir partes sonoras iguais, no final;
- desenvolver a consciência fonológica, por meio da exploração de rimas;
- comparar palavras quanto às semelhanças sonoras.

Dicas ao professor:

      Esse jogo permite que o aluno descubra que palavras diferentes podem ter o mesmo “pedaço” sonoro final (a rima). Como desdobramento, inicialmente, pode-se solicitar aos alunos que pensem em outras palavras que rimam com os pares encontrados. Pode-se, ainda, pedir que escrevam as palavras que rimam e circulem as partes das palavras que possuem as mesmas letras (rimas).

     É importante que o professor elabore questionamentos sobre a ordem em que aparecem as letras que formam as rimas, fazendo o aluno perceber que, se mudarmos a sequência de letras, teremos mudança no som das palavras e, consequentemente, em seu significado. Após o jogo, é possível também resgatar as palavras trabalhadas, por meio de cruzadinhas, para que completem as rimas com apoio (um dos pares de figuras deve ter a palavra completa) ou sem apoio de imagens.

 

FONTE: Jogos de Alfabetização - CEEL/UFPE

  
     
 
     
 
      
 
 
 
 
 



 

 
 

          

 

                                      

 

 

                

 

 

 



 

sábado, 7 de setembro de 2013

Tecnologia Assistiva


Tecnologia Assistiva é uma expressão utilizada para identificar todo o arsenal de Recursos e Serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover vida independente e inclusão. Tem como objetivo proporcionar à pessoa com deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade.

Os Recursos são todo e qualquer item, equipamento ou parte dele, produto ou sistema fabricado em série ou sob medida utilizado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas com deficiência. Os Serviços são definidos como aqueles que auxiliam diretamente uma pessoa com deficiência a selecionar, comprar ou usar os recursos acima definidos.

Os Recursos podem variar de uma simples bengala a um complexo sistema computadorizado. Estão incluídos brinquedos e roupas adaptadas, computadores, softwares e hardwares especiais, que contemplam questões de acessibilidade, dispositivos para adequação da postura sentada, recursos para mobilidade manual e elétrica, equipamentos de comunicação alternativa, chaves e acionadores especiais, aparelhos de escuta assistida, auxílios visuais, materiais protéticos e milhares de outros itens confeccionados ou disponíveis comercialmente.

Os Serviços são aqueles prestados profissionalmente à pessoa com deficiência visando selecionar, obter ou usar um instrumento de tecnologia assistiva.
Os serviços de Tecnologia Assistiva são normalmente transdisciplinares envolvendo profissionais de diversas áreas, tais como:

·         Fisioterapia

·         Terapia ocupacional

·         Fonoaudiologia

·         Educação

·         Psicologia

·         Enfermagem

·         Medicina

·         Engenharia

·         Arquitetura

·         Design

·         Técnicos de muitas outras especialidades

No Brasil, o Comitê de Ajudas Técnicas - CAT, instituído pela PORTARIA N° 142, DE 16 DE NOVEMBRO DE 2006 propõe o seguinte conceito para a tecnologia assistiva: "Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social" (ATA VII - Comitê de Ajudas Técnicas (CAT) - Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE) - Secretaria Especial dos Direitos Humanos - Presidência da República).

  Aranha Mola
                                    

O facilitador para escrita, "Aranha Mola", é um receptor de lápis, pincel e caneta. Com a finalidade de auxiliar o usuário nas tarefas mais simples como escrever e pintar, também tem como objetivo reeducar, estabilizar e auxiliar no movimento. Sua principal função é manter atividade controlada de pinça com realinhamento articular.
A sugestão terapêutica mais indicada é para sequelas de mão hemiplégica, traumatologia (pós-operatório polegar), casos específicos de reeducação da mão. É disponível em três tamanhos: P, M ou G.

 

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A Importância do Atendimento Educacional Especializado


A Sala de Recursos Multifuncionais demonstra grande importância para o estudante em inclusão escolar e consequentemente para a escola comum a qual está regularmente matriculado. É nesse espaço que o Atendimento Educacional Especializado - AEE - acontece e tem como função complementar a formação do educando por meio da disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e estratégias que eliminem as barreiras para sua plena participação na sociedade e para o desenvolvimento de sua aprendizagem, visando também a autonomia e independência na escola e fora dela. O professor do AEE estabelece parcerias, articula a rede de apoio (professores, família, profissionais especializados da área da saúde, dentre outros) para que os objetivos a serem alcançados com esses estudantes sejam realmente efetivados e desempenhados com maior eficácia.
Num primeiro momento, logo ao iniciar o Atendimento Educacional Especializado, é preciso que o professor da Sala de Recursos Multifuncionais coloque em prática a articulação dessa rede de apoio, pois é o momento de ir em busca de informações relevantes sobre o histórico de vida desse educando, ou seja, iniciar um estudo de caso. A escuta nesse momento é primordial, principalmente com relação à escola e à família. É necessário ter esse conhecimento para então realizar um período de investigação, de sondagem das habilidades, capacidades assim como limitações e dificuldades desse estudante por meio de diferentes estratégias utilizadas na Sala de Recursos Multifuncionais. Por meio dessa ação compartilhada o professor do AEE identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos, de acessibilidade e estratégias de forma a construir um plano de atuação para a eliminação de barreiras existentes no processo de ensino-aprendizagem desse educando. É uma etapa onde muitas informações são obtidas para então iniciar a organização do plano de AEE desse estudante, com objetivos específicos voltados para as suas necessidades e organizados a partir de todas as informações obtidas durante o estudo de caso realizado no início do seu ingresso na Sala de Recursos Multifuncionais.     
Num segundo momento, o Plano de AEE pode e deve ser revisto com o intuito de avaliar o desempenho do estudante, suas conquistas, rever suas dificuldades, pois esse plano é passível de mudanças sempre que necessário. Em muitos aspectos o educando irá evoluir e é preciso modificar o que foi proposto no início, ou seja, avançar, desafiá-lo a conquistar outros objetivos que agora (nesse momento de sua vida) se façam necessários. Novas estratégias devem ser sempre contempladas visando cada vez mais a eliminação de barreiras existentes.

 
“A diferença (vem) do múltiplo e não do diverso. Tal como ocorre na aritmética, o múltiplo é sempre um processo, uma operação, uma ação. A diversidade é estática, é um estado, é estéril. A multiplicidade é ativa, é fluxo, é produtiva. A multiplicidade é uma máquina de produzir diferenças – diferenças que são irredutíveis à identidade. A diversidade limita-se ao existente. A multiplicidade estende e multiplica, prolifera, dissemina. A diversidade é um dado – da natureza ou cultura. A multiplicidade é um movimento. A diversidade reafirma o idêntico. A multiplicidade estimula a diferença que se recusa a se fundir com o idêntico.”.

(SILVA, 2000, p.100-101)

 

quinta-feira, 6 de junho de 2013

domingo, 26 de maio de 2013

Como seria estar por trás dos olhos de um autista?

por em 30 de dez de 2012 às 06:56

 
"O autismo me prendeu dentro de um corpo que eu não posso controlar" - conheça a história de Carly Fleischmann, uma adolescente que aprendeu a controlar o autismo para se comunicar através de palavras escritas em um computador após 11 anos de enclausuramento dentro de si mesma, e assista também o video interativo "Carly's Café", no qual você poderá vivenciar alguns minutos da experiência de um autista por trás dos olhos de um.
 
Não deixem de acessar:
 

http://lounge.obviousmag.org/ponto_cego/2012/12/como-seria-estar-por-tras-dos-olhos-de-um-autista.html 

 

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Inovação e Criatividade para Todos!!

Esse site é simplesmente FANTÁSTICO, CRIATIVO e EMOCIONANTE!!!
Acessem e confiram.....

Acessar:

http://www.hypeness.com.br/2013/04/fotografo-realiza-sonho-de-crianca-que-vive-em-cadeira-de-rodas-em-serie-de-fotos/




Alma dos Diferentes

Compartilhando.....

ALMA DOS DIFERENTES

"... Ah, o diferente, esse ser especial!
Diferente não é quem pretenda ser. Esse é um imitador do que ainda não foi imitado, nunca um ser diferente.

Diferente é quem foi dotado de alguns mais e de alguns menos em hora, momento e lugar errados para os outros. Que riem de inveja de não serem assim. E de medo de não aguentar, caso um dia venham, a ser. O diferente é um ser sempre mais próximo da perfeição.

O diferente nunca é um chato. Mas é sempre confundido por pessoas menos sensíveis e avisadas. Supondo encontrar um chato onde está um diferente, talentos são rechaçados; vitórias, adiadas; esperanças, mortas. Um diferente medroso, este sim, acaba transformando-se num chato. Chato é um diferente que não vingou.

Os diferentes muito inteligentes percebem porque os outros não os entendem. Os diferentes raivosos acabam tendo razão sozinhos, contra o mundo inteiro. Diferente que se preza entende o porque de quem o agride. Se o diferente se mediocrizar, mergulhará no complexo de inferioridade.

O diferente paga sempre o preço de estar - mesmo sem querer - alterando algo, ameaçando rebanhos, carneiros e pastores. O diferente suporta e digere a ira do irremediavelmente igual: a inveja do comum; o ódio do mediano. O verdadeiro diferente sabe que nunca tem razão, mas que está sempre certo.

O diferente começa a sofrer cedo, já no primário, onde os demais de mãos dadas, e até mesmo alguns adultos por omissão, se unem para transformar o que é peculiaridade e potencial em aleijão e caricatura. O que é percepção aguçada em :"Puxa, fulano, como você é complicado".

O que é o embrião de um estilo próprio em: "Você não está vendo como todo mundo faz?"

O diferente carrega desde cedo apelidos e marcações os quais acaba incorporando. Só os diferentes mais fortes do que o mundo se transformaram (e se transformam) nos seus grandes modificadores.

Diferente é o que vê mais longe do que o consenso. O que sente antes mesmo dos demais começarem a perceber. Diferente é o que se emociona enquanto todos em torno agridem e gargalham. É o que engorda mais um pouco; chora onde outros xingam; estuda onde outros burram. Quer onde outros cansam. Espera de onde já não vem. Sonha entre realistas. Concretiza entre sonhadores. Fala de leite em reunião de bêbados. Cria onde o hábito rotiniza. Sofre onde os outros ganham.

Diferente é o que fica doendo onde a alegria impera. Aceita empregos que ninguém supõe. Perde horas em coisas que só ele sabe importantes. Engorda onde não deve. Diz sempre na hora de calar. Cala nas horas erradas. Não desiste de lutar pela harmonia. Fala de amor no meio da guerra. Deixa o adversário fazer o gol, porque gosta mais de jogar do que de ganhar. Ele aprendeu a superar riso, deboche, escárnio, e consciência dolorosa de que a média é má porque é igual.

Os diferentes aí estão: enfermos, paralíticos, machucados, engordados, magros demais, inteligentes em excesso, bons demais para aquele cargo, excepcionais, narigudos, barrigudos, joelhudos, de pé grande, de roupas erradas, cheios de espinhas, de mumunha, de malícia ou de baba. Aí estão, doendo e doendo, mas procurando ser, conseguindo ser, sendo muito mais.

A alma dos diferentes é feita de uma luz além. Sua estrela tem moradas deslumbrantes que eles guardam para os pouco capazes de os sentir e entender. Nessas moradas estão tesouros da ternura humana. De que só os diferentes são capazes.

Não mexa com o amor de um diferente. A menos que você seja suficientemente forte para suportá-lo depois."

Autor: Artur da Távola

 

quinta-feira, 23 de maio de 2013

VÍDEO: As Cores das Flores

Esse vídeo é lindíssimo!!!! Assista!!!
Em uma escola qualquer da Espanha.....

TECNOLOGIAS

Compartilho os vídeos abaixo, é só acessar os links desejados.
Deixo aqui um breve relato a respeito de dois dos respectivos vídeos.

 Confesso que os vídeos “Did you know 2.0” e “Shift Happens” me deixaram impressionada!!! Não sou fã de estatística, mas esses vídeos mostram como a sociedade está mudando muito rapidamente e o que estava acontecendo no mundo enquanto eu visitava o site, parece meio maluco, mas é isso mesmo!!! A ideia central é para onde a tecnologia, a internet e a economia global estão nos levando. Gostaria de relatar duas comparações que ambos os vídeos apresentam:
* Que 1 semana de trabalho no New York Times pode conter mais informação do que uma pessoa encontraria em toda a sua vida no século XVIII e a tendência é que isso cresça.
* Os trabalhos mais requisitados em 2010 sequer existiam em 2004.
Aproveito para reforçar que devemos investir em educação para deixar a futura geração preparada para tantas mudanças!!! Não esquecer também de trabalhar, estimular, construir e fortalecer a inteligência emocional dessa nova geração que é imediatista, demonstram um limiar de frustração muito baixo quando não conseguem atingir seu objetivo frente aos desafios aos quais são submetidos. 

* Acessar vídeo 1:  http://www.youtube.com/watch?v=BiOykgSxJas
* Acessar vídeo 2:  http://www.youtube.com/watch?v=UI2m5knVrvg
* Acessar vídeo 3:  http://www.youtube.com/watch?v=6gmP4nk0EOE
* Acessar vídeo 4: http://www.youtube.com/watch?v=pMcfrLYDm2U
* Acessar vídeo 5: http://www.youtube.com/watch?v=ljbI-363A2Q

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO E LABORATÓRIOS DE APRENDIZAGEM: O QUE SÃO E A QUEM SE DESTINAM.


R E S U M O

A temática da pesquisa realizada foi sobre Atendimento Educacional Especializado e encontrei esse texto ao acessar o site, com autoria de Rui Sartoretto Mara Lucia Sartoretto. Os autores intitulam sua produção como: ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO E LABORATÓRIOS DE APRENDIZAGEM: O QUE SÃO E A QUEM SE DESTINAM.
Logo que li o título me interessei, pois já atuei também como professora em um Laboratório de Aprendizagem.
           Os autores fazem uma reflexão sobre a escola que trabalha baseada nos fundamentos do multiculturalismo, escola essa que denominam como escola inclusiva. Para que tal denominação seja dada ressaltam a necessidade de analisar a concepção da escola que temos e a escola que queremos, abordam a respeito da missão da escola que vai muito além da mera transmissão de informações, que o papel dessa instituição é a construção da cidadania por meio do acesso ao conhecimento. Ao relatarem sobre as diferenças na sala de aula enfatizam que é um fator de qualificação e de enriquecimento do ensino.
           O texto deixa muito claro o que é o AEE, os objetivos, níveis, graus e etapas do processo escolar e que deve estar articulado com a proposta pedagógica do ensino comum. Em seguida dá continuidade descrevendo o espaço da Sala de Recursos Multifuncionais assim como qual é o público alvo para esse atendimento.
           Antes de abordarem a respeito dos Laboratórios de Aprendizagem fazem uma reflexão sobre o ato de aprender para então descrever o trabalho realizado nos L.A. . Da forma como foi escrito é visível a diferença entre o AEE e o L.A. . Os autores também sugerem que os professores possam ser atendidos nos Laboratórios de Aprendizagem, prática que desconheço nas instituições em que o L.A. faz parte.
           É um texto muito esclarecedor e fica o convite para que possam acessá-lo e lê-lo na íntegra.
 
Acessar:
 

Coleção - "A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar".

Coleção - "A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar".
 
* Fascículos 1 a 10:
 
Acessar:
 
 
 


NOTA TÉCNICA 62 / 2011 / MEC / SECADI / DPEE

NOTA TÉCNICA 62 / 2011 / MEC / SECADI / DPEE

Orientações aos Sistemas de Ensino sobre o Decreto nº 7.611/2011.

Acessar:

http://www.crianca.caop.mp.pr.gov.br/arquivos/File/download/nota_tecnica_62.pdf

NOTA TÉCNICA 19 / 2010 - MEC/SEESP/GAB

Nota Técnica 19/2010 - MEC/SEESP/GAB
Data: 08 de setembro de 2010
 
 
                                                                                            Assunto: Profissionais de apoio para alunos com deficiência e transtornos globais do desenvolvimento matriculados nas
escolas comuns da rede pública de ensino.
 

As escolas de educação regular, pública e privada, devem assegurar as condições 
necessárias para o pleno acesso, participação e aprendizagem dos estudantes com 
deficiência e transtornos globais do desenvolvimento, em todas as atividades 45
desenvolvidas no contexto escolar. Dessa forma, devem ser observados os seguintes 
marcos legais, políticos e pedagógicos:
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação 
Inclusiva define a Educação Especial como modalidade transversal a todos 
os níveis, etapas e modalidades, que realiza o atendimento educacional 
especializado, disponibiliza recursos e serviços e orienta sua utilização no 
ensino regular.
A Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência (ONU,2006), 
incorporada a Constituição Federal por meio do Decreto nº 6.949/2009, que 
assegura as pessoas com deficiência o direito de acesso a um sistema 
educacional inclusivo em todos os níveis. 
O Decreto nº. 6.571/2008, que institui o duplo financiamento no âmbito do 
FUNDEB para os alunos público alvo da educação especial da rede pública 
de ensino, matriculados no ensino regular e no atendimento educacional 
especializado –AEE não substitutivo a escolarização.
A Resolução CNE/CEB nº. 04/2009, que institui Diretrizes Operacionais 
para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, 
orientando no seu art. 10º, inciso VI, que o projeto pedagógico da escola 
regular deve prever na sua organização, dentre outros, profissionais de apoio, 
como tradutor e intérprete da Língua Brasileira de Sinais, guia-intérprete e 
outros para atuar em atividades de alimentação, higiene e locomoção;
A Resolução CNE/CEB nº. 04/2010, que institui Diretrizes Curriculares 
Nacionais para a Educação Básica, dispondo sobre a organização da 
educação especial como parte integrante do projeto pedagógico da escola 
regular. 
Dentre os serviços da educação especial que os sistemas de ensino devem prover 
estão os profissionais de apoio, tais como aqueles necessários para promoção da 
acessibilidade e para atendimento a necessidades específicas dos estudantes no âmbito 
da acessibilidade às comunicações e da atenção aos cuidados pessoais de alimentação, 
higiene e locomoção. Na organização e oferta desses serviços devem ser considerados 
os seguintes aspectos:
As atividades de profissional tradutor e intérprete de Libras e de guia intérprete para
alunos surdocegos seguem regulamentação própria, devendo 
ser orientada sua atuação na escola pela educação especial, em articulação 
com o ensino comum. 
Os profissionais de apoio às atividades de locomoção, higiene, alimentação, 
prestam auxílio individualizado aos estudantes que não realizam essas 
atividades com independência. Esse apoio ocorre conforme as 46
especificidades apresentadas pelo estudante, relacionadas à sua condição de 
funcionalidade e não à condição de deficiência.
A demanda de um profissional de apoio se justifica quando a necessidade 
específica do estudante público alvo da educação especial não for atendida 
no contexto geral dos cuidados disponibilizados aos demais estudantes.
Em caso de educando que requer um profissional “acompanhante” em razão 
de histórico segregado, cabe à escola favorecer o desenvolvimento dos 
processos pessoais e sociais para a autonomia, avaliando juntamente com a 
família a possibilidade gradativa de retirar esse profissional. 
Não é atribuição do profissional de apoio desenvolver atividades 
educacionais diferenciadas, ao aluno público alvo da educação especial, e 
nem responsabilizar-se pelo ensino deste aluno. 
O profissional de apoio deve atuar de forma articulada com os professores do 
aluno público alvo da educação especial, da sala de aula comum, da sala de 
recursos multifuncionais, entre outros profissionais no contexto da escola.
Os demais profissionais de apoio que atuam no âmbito geral da escola, como 
auxiliar na educação infantil, nas atividades de pátio, na segurança, na 
alimentação, entre outras atividades, devem ser orientados quanto à 
observação para colaborar com relação no atendimento às necessidades 
educacionais específicas dos estudantes. 
De acordo com a concepção de diferenciação positiva, o projeto político 
pedagógico da escola deve fundamentar a organização dos serviços de apoio no ensino 
regular, observando que:
Atualmente a concepção de deficiência não é associada à condição de 
doença, carência ou invalidez, que pressupõe a necessidade de cuidados 
clínicos, assistênciais ou de serviços especializados, em todas as atividades. 
Todos os estudantes precisam ter oportunidade de desenvolvimento pessoal e 
social, que considere suas potencialidades, bem como não restrinja sua 
participação em determinados ambientes e atividades com base na 
deficiência. 
Ë fundamental reconhecer o significado da inclusão para que as pessoas 
público alvo da educação especial tenham assegurado seu direito a plena 
participação no ambientes comuns de aprendizagem e na comunidade com as 
demais pessoas, construindo as possibilidades de sua participação na escola e 
no trabalho.
Uma sociedade inclusiva supera o modelo educacional calcado em processos 
terapêuticos, onde atividades comuns como brincar, dançar, praticar esporte 
e outras são implementadas por profissionais especializados em um tipo de 47
deficiência, geralmente em espaços segregados, que desvincula tais pessoas 
do seu contexto histórico e social. 
A educação inclusiva requer uma redefinição conceitual e organizacional das 
políticas educacionais. Nesta perspectiva, o financiamento dos serviços de apoio aos 
alunos público alvo da educação especial devem integrar os custos gerais com o 
desenvolvimento do ensino, sendo disponibilizados em qualquer nível, etapa ou 
modalidade de ensino, no âmbito da educação pública ou privada. Ressalta-se que os 
estabelecimentos de ensino deverão ofertar os recursos específicos necessários para 
garantir a igualdade de condições no processo educacional, cabendo-lhes a 
responsabilidade pelo provimento dos profissionais de apoio. Portanto esta obrigação 
não deverá ser transferida às famílias dos estudantes público alvo da educação especial, 
por meio da cobrança de taxas ou qualquer outra forma de repasse desta atribuição.